O Veneno e A Verdade
Dói-me o corpo por dentro.
É como se estivesses a ser comida
De dentro para fora.
Como se um vírus apodrecesse todos os músculos,
Todos os tendões, todos os ossos.
Tenho dores porque o sinto a revolver-se,
A consumir-me, a amar-me.
Dentro de mim só resta uma papa amarela,
Podre, líquida, que me tenta sair pelo nariz.
Tenho de tapar a boca sempre para não me vomitar,
Um jacto de verdade e desencantos,
Mil palavras sem sentido nenhum
Porque o único sentido das coisas
É não haver sentido nenhum.
As coisas não acontecem por um sentido qualquer,
Não foi Deus, ou o destino, ou um desígnio qualquer.
As coisas acontecem porque devem acontecer.
É difícil responsabilizar o Nada,
É por isso que crês. Para não sentires medo,
Medo da solidão, medo de morreres sozinho.
O veneno do descrédito é a verdade,
Não haver nada nem ninguém que te salve,
Não haver justificações para nada,
Não haver absolvição para nada.
É como se estivesses a ser comida
De dentro para fora.
Como se um vírus apodrecesse todos os músculos,
Todos os tendões, todos os ossos.
Tenho dores porque o sinto a revolver-se,
A consumir-me, a amar-me.
Dentro de mim só resta uma papa amarela,
Podre, líquida, que me tenta sair pelo nariz.
Tenho de tapar a boca sempre para não me vomitar,
Um jacto de verdade e desencantos,
Mil palavras sem sentido nenhum
Porque o único sentido das coisas
É não haver sentido nenhum.
As coisas não acontecem por um sentido qualquer,
Não foi Deus, ou o destino, ou um desígnio qualquer.
As coisas acontecem porque devem acontecer.
É difícil responsabilizar o Nada,
É por isso que crês. Para não sentires medo,
Medo da solidão, medo de morreres sozinho.
O veneno do descrédito é a verdade,
Não haver nada nem ninguém que te salve,
Não haver justificações para nada,
Não haver absolvição para nada.
Comentários
Um beijinho muito grande da terapeuta estagiária do Hospital de Leiria