Mestrado
Só ontem fui à ESAD. Assim, sozinha. A escola está diferente, claro. Montes de carros estacionados, as pessoas são todas iguais, cortaram o pinhal quase todo (compreende-se, no meu ultimo ano caiu um pinheiro em cima dum carro… Eles estavam doentes). A parte mais bonitas foi quando fui ao bar. Julguei que as empregadas não se lembrassem de mim. Mas lembravam-se. A senhora do bar lembrava-se (eu não…) que entrava no bar a cantar com a Rebeca a musica (não sei o nome mesmo) mas bom, aquela musica que começa “Heaven… I’m in heaven…”. Fiquei tão nostálgica! Porque as recordações que ficaram (ou as que quis que ficasse) eram, na maior parte, negativas, excepto em relação aos professores/ amigos. Mas ela fez-me lembrar todas as coisas boas que passei lá, e, afinal, não eram assim tão poucas como queria acreditar.
Um dos professores que encontrei foi o professo de corpo. Percebi logo que ele estava surpreso de me ver ali, alias, a ultima vez que me viu foi pouco tempo antes do AVC. Ele chegou-se ao pé de mim, deu-me um abraço enorme e disse “Estás viva!!”. Sim, estou viva, vivinha da silva, em preparação para a vida, com muita mais vontade de viver, com muita mais tesão para fazer coisas. Claro que me canso mais depressa, claro que sei que não sei como vou ficar. Não interessa. Estou aqui, porra, e é para aproveitar cada segundo. Agora é que entendo porque é que a minha antiga terapeuta ocupacional, a Alice, diz sempre “tens que te desligar da terapia e fazeres a tua vida”. Claro que ela não se estava a referir a uma desistência da própria terapia, mas para eu não viver “obcecada” com a terapia.
Mais tarde, eram 23h30, recebi um telefonema do Jonas “miúda, tenho uma boa notícia para ti. Vai haver mestrado na escola. Deve começar no 2º semestre”. Fiquei radiante. Claro que gostaria de tirar o mestrado noutro país, como sempre pensei que fosse fazer, mas uma pessoa tens que adaptar ás circunstâncias. Assim tenho terapia, e não estou parada, estou a aproveitar para fazer uma coisa importante. E depois, quando me sentir preparada, levanto asas e sigo os ventos do sul… Não me posso acobardar. Nunca. E conto contigo…
Um dos professores que encontrei foi o professo de corpo. Percebi logo que ele estava surpreso de me ver ali, alias, a ultima vez que me viu foi pouco tempo antes do AVC. Ele chegou-se ao pé de mim, deu-me um abraço enorme e disse “Estás viva!!”. Sim, estou viva, vivinha da silva, em preparação para a vida, com muita mais vontade de viver, com muita mais tesão para fazer coisas. Claro que me canso mais depressa, claro que sei que não sei como vou ficar. Não interessa. Estou aqui, porra, e é para aproveitar cada segundo. Agora é que entendo porque é que a minha antiga terapeuta ocupacional, a Alice, diz sempre “tens que te desligar da terapia e fazeres a tua vida”. Claro que ela não se estava a referir a uma desistência da própria terapia, mas para eu não viver “obcecada” com a terapia.
Mais tarde, eram 23h30, recebi um telefonema do Jonas “miúda, tenho uma boa notícia para ti. Vai haver mestrado na escola. Deve começar no 2º semestre”. Fiquei radiante. Claro que gostaria de tirar o mestrado noutro país, como sempre pensei que fosse fazer, mas uma pessoa tens que adaptar ás circunstâncias. Assim tenho terapia, e não estou parada, estou a aproveitar para fazer uma coisa importante. E depois, quando me sentir preparada, levanto asas e sigo os ventos do sul… Não me posso acobardar. Nunca. E conto contigo…
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