Comentario de Gustavo Santos
Ao ler a tua ideia, reflecti um pouco e surgiu-me isto na cabeça. Espero que te sirva de algo... assim que me ocorrer mais alguma coisa, coloco aqui. Bem, aqui vai (desculpa o meu português pois isto foi escrito online):É também o universo dos altos e baixos, avanços e recuos, decepção e optimismo lado a lado... resistência e persistência na procura de um futuro melhor, mas acima de tudo o estado de indefinição que leva à suspensão da vida. Não há nada mais frustrante do que uma mente criativa e expontânea, ansiosa por se manifestar para si e para o mundo, mas que não consegue comunicar com o corpo, ou o corpo que não consegue corresponder ás expectativas da mente. A falta de comunicação entre o sujeito e ele mesmo, a sua confusão, e a dos outros ao aperceberem-se que este trava uma luta solitária, pois é acima de tudo um conflito interior. Uma solidão ainda mais penosa, pois até o corpo se afasta dos seus compromissos. Resta apenas a mente e a sua voz interior, o pensamento, a dúvida...o medo... constante e recorrente. O questionar de uma nova realidade (e da realidade em si... a sensação que se irá acordar de tudo isto e regressar à realidade segura e normal que dantes era conhecida - pois tudo o que se passou é demasiado repentino, absurdo, incompreensível para ser realmente verdadeiro, não?), que põe em causa o Tempo que passou e o que ainda está para vir.um cansaço recorrente de toda esta situação suspensa e da impotência que põe em causa as capacidades e valores pessoais.A angústia por não se conseguir sair de uma prisão tão depressa quanto se deseja, como alguém submerso que tenta nadar para a superfície para respirar livremente, mas encontra sempre fitas de algas que lhe vão prendendo os pés e adiando a sua subida.Uma suspensão claustrofóbica da mente, da voz interior que anseia por se poder manifestar com a realidade, tanto sua como dos outros.
11 de Julho de 2008 15:08
11 de Julho de 2008 15:08
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