Corpo
A casca aperta o tecido viscoso. O musculo dança instavel. O mundo paira como num barco. O bolo passeia, e a cobra vomita. O descanso é um pesadelo e as batidas ecoam. Vivo num inferno, vivo em mim. Impotência do ser. Esperança... utopia. O meu corpo rejeta-me, a minha alma há muito que partiu. Lavo a cara com sal,arde, cura, queima. Do meu peito corre pus, e em mim o musgo aloja-se, servido os vermes dum festim sadico. Minto com o sorriso, desenho com os olhos. Tranquilidade não passa de uma noção que não vivo.
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