Madrugada

É este o nome do programa de rádio que estou a ouvir. É também o nome da altura do dia em que estou mais desperta. São 5h57 e estes últimos dias, invulgares. Hoje saí e diverti-me como não fazia há muito. Ontem tive a certeza de ter perdido um amigo. Anteontem, lágrimas. Hoje dores físicas para terminar com essas mesmas dores. Estranho, mas se pensarmos bem tudo o que dói um tempo e chega a doer atrozmente, deixa de doer.
O meu anti-deperssivo foi aumentado. Não quero desistir de mim.
Mas há sempre coisas maravilhosas, mesmo quando sabemos que batemos lá bem no fundo; a magia do acaso fez-me perder um amigo mas deu-me outro. E devolveu-me os que já não via há muito. Deu-me lágrimas mas devolveu-me a dança. Está a dar-me um ataque neste momento. Pequeno. Já tomei o SOS.
Desculpa, mas tenho de ficar por aqui por agora.
Isto passa.

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