Torno de corda

Às vezes desperta algo em nós, em mim, no animal que rasga a pele e nos transforma em monstros escamosos sentados no torno de corda. Tornando-mos tão fortes que a guita cede aos poucos, mas não deixa de ser o torno e preferimos cair em força do que sermos humanos.
Um olho no abismo e outro no relógio e o monstro dilui-se em pedaços de papel rasgados, brancos com uma história que nunca saberemos. A vida em suspenso vale mais do que a vida garantida, a escolha é nossa. Somos tão livres que optamos sempre pela prisão, cortam-nos o cordão e passamos a ser propriedade do medo, a menos que tenhamos a audácia de assumir os erros e começar de novo. Transformar o medo em adrenalina e os olhos em desejos.

Comentários

Anónimo disse…
tenho saudades de ler-te...

bj

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