200 mensagens e uma valente depressão
A ouvir Bomfunk MC’s. O álbum In Stereo. Foi o primeiro CD que comprei, tinha uns 14, ou menos. Lembro-me de dançar isto, e era tão bom dançar. Depois fui para um grupo de dança, e adorava. Nem importava o que dançasse, acho que dançava tudo o que fosse musica.
Porra.
Boa introdução. Como o “era uma vez…”, tem sempre aquele toque nostálgico, “era uma vez” e acontecia algo de extraordinário, o protagonista acabava sempre com os sonhos realizados. O que líamos nos livros em crianças são isso mesmo, fabulas ou coisas que nunca acontecem. Eu lia um livro e ficava a espera que os animais falassem.
Cheguei à fase em que o mundo caí depressa sobre os meus ombros e fico assombrada com os últimos dois anos e tal da minha vida. Agora sei, começo a compreender as minhas perdas e a avaliar os estragos. Ás vezes sinto que vou enlouquecer, que a verdade é demasiado cruel, tão cruel que prefiro colar-me ao computador a jogar. Não escrevo porque está-se a tornar demasiado doloroso, não quero mexer com a felicidade que vivia apesar de julgar que era o Ser mais infeliz do mundo. Agora mostro-me como o Ser mais feliz do mundo quando na verdade nem consigo chorar sozinha. Tenho vergonha de mim.
Olho para a minha gata, o tempo passa, 11 anos de convívio e depois começo a pensar há quanto tempo conheço os meus amigos, como foi a minha decepção não ter entrado no Conservatório aos 18, e tudo pára enquanto me deleito com umas lagrimazitas nos olhos de tudo o que fiz. Para ver se encontro um fio à meada a que me possa agarrar para desenlear este novelo que paira na minha vida.
Não encontro os alicerces dos objectivos, encontro fins que são sempre os de fugir dos objectivos. Já duvido se devo tirar o mestrado. Cada vez mais dói-me estar num sítio onde tenho recordações em todo o lado, mas também não tenho coragem suficiente para me atirar para a frente, procurar a felicidade. Tenho medo de largar a ancora e de encontrar um mar mais revolto do que o que me fez afundar.
Porra.
Boa introdução. Como o “era uma vez…”, tem sempre aquele toque nostálgico, “era uma vez” e acontecia algo de extraordinário, o protagonista acabava sempre com os sonhos realizados. O que líamos nos livros em crianças são isso mesmo, fabulas ou coisas que nunca acontecem. Eu lia um livro e ficava a espera que os animais falassem.
Cheguei à fase em que o mundo caí depressa sobre os meus ombros e fico assombrada com os últimos dois anos e tal da minha vida. Agora sei, começo a compreender as minhas perdas e a avaliar os estragos. Ás vezes sinto que vou enlouquecer, que a verdade é demasiado cruel, tão cruel que prefiro colar-me ao computador a jogar. Não escrevo porque está-se a tornar demasiado doloroso, não quero mexer com a felicidade que vivia apesar de julgar que era o Ser mais infeliz do mundo. Agora mostro-me como o Ser mais feliz do mundo quando na verdade nem consigo chorar sozinha. Tenho vergonha de mim.
Olho para a minha gata, o tempo passa, 11 anos de convívio e depois começo a pensar há quanto tempo conheço os meus amigos, como foi a minha decepção não ter entrado no Conservatório aos 18, e tudo pára enquanto me deleito com umas lagrimazitas nos olhos de tudo o que fiz. Para ver se encontro um fio à meada a que me possa agarrar para desenlear este novelo que paira na minha vida.
Não encontro os alicerces dos objectivos, encontro fins que são sempre os de fugir dos objectivos. Já duvido se devo tirar o mestrado. Cada vez mais dói-me estar num sítio onde tenho recordações em todo o lado, mas também não tenho coragem suficiente para me atirar para a frente, procurar a felicidade. Tenho medo de largar a ancora e de encontrar um mar mais revolto do que o que me fez afundar.
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